sexta-feira, 15 de julho de 2011

Poço sem cantigas

É porque a questão é grande!
Não, de facto, à causa justa.
Tolices tolices então não é claro?
Não se vê a léguas a fachada teatral
Nem pensava duas vezes, forca ou lâmina
Regurgitas facilidade mas é temporária
No acto o papo é excessivo, pesadamente excessivo
Queda por hábitos e soluções, aiiii emoções tão tolinhas
Puxa-empurra vá mais um último esforço.
Pára tudo!
(Em hora H faltava mesmo era mandar-te la ir)
Quando é que silenciamos a voz do "sim senhor já vou não tarda"
A violência suga-me a paciência e sinto os punhos tremer
Frágil balanço das coisas como andas, tens de mais vezes
Oh sim, tens certamente de mais vezes por cá andar
Que alguém me guarde porque vem a tona as correntes
Mas entalado no recife perco consciência
Dueto com ninfas. Sinto o chamamento...
Irrita-me tudo. Estou saturado, cansado e esmagado
Oprimido pelo ruído, nem me ouço pensar
As palavras sabem a veneno e bebo delas propositadamente
Quero uma vez mais servir-me delas
Naquelas páginas de pega-pega, brincadeira sem piada
Ceguei e não tardo a descobrir.

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