segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Palminhas de satisfação

É com caras que lidamos
Lê-las qual livro
Pena a inculta atravessada
Que remete para o historicismo
Vejo-te nas olheiras traçadas
O desespero e a esperança de caras voltadas
Indignas de confronto próprio recorrem a facilidades
Vacilantes metem-me dó
Não sei donde vem o ruído
Mas não esqueço a tez da minha pele
As marcas nela traçadas a ferros
Quebrar ofícios cómicos
Berrar em amuo
Porque no papel não ensurdece

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cantarolar pensamento

Apalermado pela visão que sustem o caos infinito
O chá deveras ficou aquém da expectativa
Para quem no karma não acredita
Ficou entranhado na aflição do desmame
Um rei num reino com dono
Onde nada sobra senão o condeno do momento
Ó que em hospitalidade temos exemplo
Na metáfora acelerada
Sobre um pano de intriga e misterioso
O derradeiro quebra-cabeças
Não tanto pela violência, talvez pela dificuldade quem sabe

domingo, 18 de setembro de 2011

Contenção

Traça a linha sanguinária
O gesto acciona a caldeira
Da fervência do sangue à esforverência
A queda para a ruína, o embaraço da desgraça
Tende para o exagero por ortodoxias várias
Falta de contenção explosiva
Pontapear o ar e golpear o nada
de todo, não se passa nada
(Demais o menos, eis a questão anterior)
Reger na antevisão de gerações futuras,
os mortos e condenados não lamentam
Assinatura desta entrega (doméstica) mente em falta de rubrica

Escoar ligeiramente a fúria nos oríficios de desgaste emocional
(Ai da profundidade que rasgue sorrisos e trace destinos)

Quantas prosas tornar-te-iam diferente

Palavras ficariam aquém
Uma densidade vaga
Tranquila criatura desconhecida
Rosnar até podia não ser sinal de ofensa
Mas de reconhecimento mútuo (quê?)
Não te sentes transformar (possuir é bonito)
Expulsar a incapacidade pela relevância?
Não me consegues ler nas decadências
Um certo nível de ansiedade?
Suplicantemente espernear atenção
A via maldita não te leva à cura!
(Equivalente à metodologia da vacina)
Aprofundar-se a ferida (para ver melhor)
Quantas prosas poderia recitar
Num louvar à pesada ferradura
Com que marco este traço..

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

De trouxa em riste fazei troça (e pouco)

Na toma de substâncias várias
Resiste na regina o licor da desilusão
De facto preenche os requisitos (fatalmente)
É certo esta pressão comunitária (alé comuna feliz)
Não confundir a preceito com respeito
A ver que a eutanásia é uma opção, o suicídio não!

Mas o que faz realmente impressão
Aquela sensação arrepiante que se nos cola nos estômagos
Faz vibrar a medula e dá tontura
Tremida escuridão de náuseas vagabundas

Num bairro de canibais
Sair de Voz em riste e serenar
Inspirar, expirar, berrar a plenos pulmões
Ai de hospitalidade insonsa
Apimentar a questão
Pregar a diferença, tambor em riste
Fazer barulho é algo assim muito infrequente
Delinquente seria calar uma causa justa
Jogo sério de eloquência
Pausa
Cantar em coro o fadado protesto!
Pausa
Semear a tempestade nesta poça estagnada
Que envenenada nos condena a ser nada
Pausa
A proposta está lançada
Fazei-vos à estrada
Sedes diferente?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Diambular

Da interpretação há aplicação do justo efeito
Num café aqui ao lado o aroma é outro
O horrendo combina-se ao misterioso
Aliado à curiosidade que retira vidas aos felinos
(Nem tantos serão os mais amistosos)
O agitar da perna tendo no colo a badalhoca
Sabem aqueles gestos (in)voluntários
Pff nem sei de que falei no desencontro com a escuridão
Náuseas de veleiro num pouca-terra?
Estranhamente interessante
Já deu para quebrar a monotonia do serão