domingo, 31 de outubro de 2010

O Renascer da Fénix (Dedicado à "Sabedoria", a minha irmã Sofia)

A magnífica ave estende a sua plumagem
Sobre este Sol que a outros queimaria
Nesta nobre espécie confere outro fim
O de Renascer com todo o esplendor

Porque choras então minha amiga?
Tu que tudo contemplas imortal
Talvez te terás cansado das Cinzas?

Tuas lágrimas são para mim como o Fogo
De uma infinita beleza mas letal
Mente-me então
Diz-me que era tudo mentira
Que o que meus olhos vêm são ilusões
Que tudo acabará bem...

Porque cessas o choro...
Quem limpou a mágoa do teu puro coração
Porque cessas o choro Ó Fénix...
Talvez só agora tenhas realmente ressuscitado

sábado, 16 de outubro de 2010

Insónias

Acreditar sem reflectir

Confiar sem argumentar

A fé necessariamente ignorante

Quanto muito, voluntariamente adormecida

É à luz das provas que nos cegamos

Só aqui então pecamos

Meros animais instintivos nos tornamos

Longe o dia onde a glória permanecerá esquecida

Pois o Homem nunca se lhe tornará a ver

Oh paz interior que nunca veio!

É o pensamento que nunca me deixou repousar

Quero adormecer...

Passeio nos Confins do Nada


Vagueia tranquilamente
Esta perdida alma que nada procura
Contenta-se em estar sozinha e bem
Passeia com gosto e sem remorso

Tudo observa sem se demorar
Com interesse segue rumo
Sem nunca parar, absorve a vista

Não questionemos o porquê!
Antes deveremos seguir o nosso próprio rumo
Passear em volta
Contemplar a beleza do que nos rodeia
E talvez parar...
Parar nos confins do Nada e contentes estar
Um passo de cada vez


domingo, 10 de outubro de 2010

Nudez de Espírito

Claro como água

Admirar o reflexo do teu ser

Tansparência da personalidade que me encantou

No qual me sinto viciado e do qual não posso abdicar

Qual sereia, Qual Deusa, Qual Musa

Neste Mundo onde nada é o que parece

Só tu te mantiveste constante

E misteriosa ao meu ver

Não te consigo compreender

Ó espelho da alma

Que se esconde por detrás dos olhos divinais

Aos quais somente me sinto tentado

Existisse nudez de espírito

E paz eu encontraria...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Petrifica e Sê

Ampulheta por quem temes vós?
Se o tempo tudo conserta
Cumpre somente o teu dever

Houve já quem a troco do tacto
Ganha-se riquezas incalculáveis
Obscuro acordo de Midas
Que largamente se alastrou para nossos dias
Nova Moda à qual devemos Pregar

Alguém acuda, Ó Barqueiro vide me buscar!
Cronos conduz-nos para um vale de estátuas
A Imortalidade é tragicamente traiçoeira
Petrifica e Sê simplesmente
Nada mais te é pedido