domingo, 26 de junho de 2011

Whenever lying is the best policy I'm a goner...

Mentir é feio pequena
Manha e jeito são defeitos
Invenções da imaginação e do pecado
Vinte avé-marias e deveras estais purificada!
Graça de nossa Senhora salve teu ingénuo povo
Que em carne fraca se fizeram servos
Tentação alheia! Culpa é do Diabo desse raio fulminante, safadice do corneado
O mostro sobrevive e respira pestilência entre nós
Ninguém questiona o porquê de ainda existir entre nós: gente de bem
Inspiração, rogo ao salvador por inspiração!
Falai por mim, podeis possuir-me completa, totalmente
Parar o Mundo de mudança e contradição!
Mentir para iludir e viver paralelamente à treta
Fascinantes momentos de desgraça...
"Um de vós irá me trair..." - que se acuse então em boa fé?

Fui eu...que sonhei voar para longe deste espectáculo de ventriloquismo
Cortai-me os pulsos, tratem-me mal...vá vá saboreai o momento
Ele é infinito? Não será outra mentira... não não é sim...ain't that a lie?

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ódio e indiferença
Sanguinárias guerras de cor
Bang, bang! Trespassam-me a alma
Lutas por Supremacia
Poder, Fé - Poder, Fé
Acreditar é matar por sobreviver?
Não somos carnívoros
Não nos alimentamos da nossa espécie
Não somos monstros!

Mas quem quer saber de lamentos...
Prioridades superam as mais negras previsões?
Sustentabilidade? Que merda é essa!
Limpar a nódoa da pureza da nossa raça
Exterminar, fazer o que for necessário!
Repulsa bombeia como veneno nos nossos corações

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ridículo

Roçar o ridículo ao de leve
Não ao ponto de tocar o erótico
Mas ser macio e sensível ao pormenor

Aperfeiçoar a arte de estar pleno e forte
Demonstrar à multidão quem sois vós
Fazer chegar ao ouvido de meio universo
O relato de tão absurdo feito

Em seu esplendor há tolice
Profunda, enraizada, genuína tolice
Inocência na ignorância de crer em ser
Assim uma espécie de semi-deus sabe-tudo
De estalar os dentes quem não contem o espanto singular

Acertos, rectificações prontas e notas musicais
Uma só certeza
O escapar da escrita envolve uma de dois motivos
De natureza maior, talvez suprema! Divina? Hmm diabólica.
Porque não de todas um pouco? Neste terço apregoa-se justiça

No âmbito de se manter o desnaturado palavreado
Onde o objectivo é simples, aliviar a falta de sentido lógico de la vie
Dançar consiste num agitar de braços a gritar grunhidos
Segurar pela ponta dos dedos a nossa revolta ancestral!
Fantásticos segundos de ridículo
Ao menos já não nos comportamos como selvagens

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A inspiração nestas Horas

"Throw it all away
Let's lose our selves
'cause there's no one left for us to blame
It's a shame, we're all dying
And do you think you deserve your freedom?

How could you send us so far away from home?
When you know damn well that this is wrong
I would still lay down my life for you

And do you think you deserve your freedom?
No, I don't think you do

There's no justice in the world

There's no justice in the world

And there never was"

_______Muse - Soldier's Poem_______

O vocalista fala à sua pátria e questiona-a sobre as razões que motivam a guerra e o desespero dos soldados que por lá ficam. Questiono-me até que ponto Portugal está longe de estar em guerra civil com a sua identidade e a sua razão de ser...

Sem Pátria

O repatriado não é bem amado
Renegado pelos seus
Sua mãe, seu país lar receita-o agora
"Soldado caído já está vencido"
Venha a próxima fornada de escudos humanos
Todo o ser humano é uma arma
Um objecto, um utensílio útil até...
Deixar de conseguir manter-se em pé

"Parem de culpar a merda do país!"
Política isto, economia aquilo
Depressivo e irrealista este povo nojento e covarde
Uma pátria só existe no mundo das utopias
No profundo do mundo Real só existe eu, tu e o Outro
Aquele ali percebeu cedo e abriu um quiosque
Somos nós quem fazemos o país
Portugal reflecte qual espelho a Miséria
Não há justiça num Mundo onde se inclinam culpas para particulares
Assumir a culpa na união, levar a tremenda sova devida e volver a casa
A nossa Mãe espera por nós sem nunca nos ignorar, irá nos perdoar
Volver a uma casa ideal, o meu sonho português em tempo de crise!
Não é saudade! É esperança de um renascimento.

domingo, 5 de junho de 2011

Obras sem arte

"Posso ser fingidor?
Retratar a minha vida
Palavra por gesto,
Mágoa por sexo e ambições
Sonhar no lugar de escrever
Moldar o passado com base no futuro
Assumir a função divina e espalhar o terror
De ser omnisciente, impotência ataca virilidades não?

Presumir é pecado a contar de...mas sei contar?
Porque me forçam a ser igual
Porque me querem igual
Entidades idênticas
Utopia

A mão desenha as curvas e rectas
Fomos vós quem as conceberam
Não cederam à diferença
Vital era ser-se
Múltiplo
Único
Alguém?
Sabes onde jaz o cadáver da alma humana?
Aquela magia de criação ilimitada?
As imaginações tornaram-se inférteis.
É pena decerto, sentirei falta do termo:
"Obra sem arte..."