segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Há quem acorde em chamas
Quer fugir
Suspira-se de cansaço fingido
Porquê nada faz senão deambular
Um dia me perguntaram
O porquê da paixão por fantasia
Interrogo-me se quem me rodeia é tão seguro de si
Que na crua realidade seja pleno e certo de si
No quebrar da imaginação morro e nisto fico
Sou um pessimista, admito, mas não me confesso!
Que me cresça aqui um corno de oiro se minto
A Beleza merece ser explorada com carácter singular
Daí advém a criatividade (diz este)
E a secura nada traz

Lembro-me de querer ficar
Viver acompanhada
Quedar-me a teu lado Maria
E juras promessas
Prometi qual Romeu murchar a teus pés
E fugi
E daí ganhei hábito
Evitar complicações
Ceder a pressões
Não querer que não o obedecer a cães e donzelas

Eu nem queria tranquilidade
Eu nem queria paz
Queria um momento de silêncio
Um segundo de respeito a quem não me diz nada
Menos ruído, mais sentido
Ambição esta talvez mate feras

Sete léguas de contestações
Incrível, há quem tenha lido sobre tamanhas façanhas
Imagine-se
E ao teres caído na armadilha tornas-te meu irmão..