quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Bela merda viver

Na mítica da escravidão surge-nos em prosa nada mais que a prova morta oculta num passado futuro a seguinte doutrina:"Deus é grande." E toda a explosão qual furação de regalias, vá insultos, curtas-metragens e ofensas várias que lhe serão lançadas são mal-dizeres de inveja e falsidade. Tudo uma manobra de diversão sabiamente aproveitada pela mão do escritor atento que plagia a realidade a seu belo prazer porque dele nutre aproveitamento imediato e do veio doiro há de se afogar o narcisista. Não há duas sem três e já se inaugurou nisto a fila indiana, negra não porque seria racista, para cometer suicídio (eutanásia se for eu a empurrar claro) e nos que faltar coragem comparar a generosidade há brisa mais forte que nos força a vontade. Tenho dito: é tudo uma merda, boa tarde.

domingo, 28 de agosto de 2011

Satire

Celebrate the right to be wrong
Hanging on a lift by luck
Is nowhere written nor spoken
C'mon! Time out of drama
Oh Anna let's kill tonight!
Live above the ordinary path
Differ from The Other's by choice not by fate
Let's kill this night that leads to the dawn
Let's gather the strength that shall lead us

Furthermore I understand by breath driven towards you
We pretend many facts yet the result is such an act
There is wonder, there were art, magic almost
Shatter remains of a caricature
Crush me under the weight of our wonderland
Was meant for the dead...what are we nowadays?
Stains of a failed project that time ceased to care about
Withdraw the asset c'mon!
We all await the glorified argument
Sounds legit...

Must finish the singing lessons
For the tale has just begun and has to carry on
Angels will guide my strings, harpies will leech the wind
And harps won't mock no more

It's a dirty business handwritting
All we do is express our soul
Copy and paste it and mix it with raw
Pure and delicate imagination
It's not enough
There must be a bleeding first
We lack to
assimilate the leaks

Rape the guitar and enjoy it
Strings bend over and roll under the forge
Confusion and
paranoia
Let's have some
hysteria gentlemen
Let's kill tonight
And glorify this growing satire of life
Another
specie has come to extinction


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paramédico procura-se

A ironia é o destino estar neste mapa traçado
Fadado amaldiçoa e privilegia indiscriminadamente
Que ódio... há novidade na sensação de impotência nessa face
À trágica consequência da pegajosa aderência
Ao mútuo sentimento de nojo e horror
Felizmente serás podre na ânsia da expectativa!
Excelência por mérito ilusório é algo que não assiste
Aos pobres de coração e dementes em espírito

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rosalinda

Na exaustão das palavras oculta-se a monotonia
A descontrolada repetição dá azo à veia assassina
De um só golpe vergar a vida
Vibrar de emoção desvairada
Treme como varas rosadas
Alimentadas a sangue sedes belas
Aparentemente a vida de outrora encarna em vós

A imaginação limita-se ao óbvio
A lenda é necessária
No longínquo manobrar a maré

Há muito que se lhe diga
De todas as vindas e conquistas
Não esquecer aquela primordial batida em retirada!
A reconquista do pulsar do coração da donzela
E tudo o restante serão contos de fadas

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Horizonte

Assombrações alimentadas a toque de insanidade
Um fantasmagórico arrepio enche-nos o peito de degenerativos
O arfar sabe a pouco após o acto
Bebe-se o vinho primordial no cenário do crime, fantástico
Que a doença nos apodreça na ignorância
Que seja implacável e insaciável
Picuinhas e acriançada terá sempre razão
Com estes membros torna-mo-nos maestros e senhores
Dum destino insensato que nos deixa marcados
As cicatrizes irão reluzir e num só cegar
Sei que havei chegado à terra prometida
Num dia fatídico tece-se paz e amor

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Contenção

Seja euforia a minha droga de eleição
Na delicada expressão da experimentação
Que a honra não paira entre nós
Na vanguarda da hora de tricotar lã

Fugindo a directivas administrativas
Toda uma burocracia de meter dó
Quer-se silêncio nesta casa, de facto,
(um fenomenal e insubornável)
Um silêncio apaixonado que nos faça gemer
Para ocasiões situações à medida
Impagável e incalculável, repito-me por gestos
A vaga semelhança de sentido contido na mímica dá pena
Tanto quanto a alma é pequena
Enfim...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Suspiro apazigoado

Se há algo que não me assiste
É o hábito que persiste
Existe encravado no nó da garganta
Porque nisto há teimosia piedosa
Sinto que me resiste o instinto assassino
Soltar a besta desregulada e agir
Degolar num ápice não muito apressado
O predador deve ser contido, senhor de si próprio
(E da excentricidade, paciência)
Sadomasoquismo espiritual, deverá cumprir os mandamentos
De outra forma não garantirá o jantar
Tenho dito, serei mais que coitadinho

sábado, 6 de agosto de 2011

Secura

"Há guarida num desvinculado, desdentado e renegado padre do senhor nesta casa sem sal. Desenjaulado está voltado para o seu temor. As linhas de encadeamento romperam e o espectáculo tem forçosamente de seguir. Na sua nobre careca corre um rio de pressões suadas. O peso é algo inconcebível na preguiça grossa que o alimentou desde criança. A marioneta dança estupidamente, a vanguarda é o estilo musical impreciso que se nos havia esquecido na maré alta. A orgia acabou-se meu caro. Hábitos são sanguinário pois será que as raízes das árvores não tornam a crescer se arrancadas do veio que as nutre?"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tretas

Um só olhar é fracasso. O romance é uma tolice pegajosa que tresanda a nudez de espírito fracassado. Frágil vá vai-se sendo empurrado para os braços das beijocas e abraços sentidos. Parou o alisamento público e finda a clientela outrora firme que de pé convicto clama sangue e desgraça para seu próprio contentamento. Se uma história dá um bom filme, essa grandiosa forma de entretenimento barato a louva ovações em pé e pregações a Hollywood então raios serei Moisés e liderarei uma escolte rija quanto a pedra santa nesta andança sem anta para descansar. Serenidade em espeto apregoado e desnudado em ferros quebrado serão nesta noite as minhas milhas finais de mandarim. Não digo coisa com coisa porque não vejo razão para desmentir-me em hipóteses magras, enfim está escrito deverá ser encarado como bíblico.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Selvagem

Reza a lenda da existência não tão secreta de um ser místico sem igual não tanto devido a poderes do oculto ou aparência horrenda da figura despersonalizada pelas vozes dos rumores perdidos no vento. A força da crença contida no medo da exclusão tremiam nas cordas vocais das povoações em volta do acampamento da maléfica criatura usurpada de paz e serenidade de espírito. "Porque me querem escalpar, assassinar, torturar, violar a mente, enganar e enrabar se nem para aqui existir pedi. Foram vocês que pela minha tez negra me quiseram como escravo. Foi posteriormente pela minha hábil fala que me nomearam conselheiro do vosso líder. Foi pela minha devoção ao bondoso homem que no seu leito de morte me tornei seu sucessor e foi nesta agonia de se terem encarado a vocês mesmo como monstros que inverteram a moeda a seu favor. Admirável Mundo Novo este em que nos ocultamos na força das massas imparáveis e insaciáveis pela ignorância semi-consciente."