domingo, 30 de setembro de 2012

Força do hábito
Temia julgar a realidade
As vozes eram loucas saudações
E sozinho morreu meu vizinho

Incendiou a casa veja-se
Proclamando liberdade existencial?
Maluco desvairado quem pensas ser
Nada menos que eremita envergonhado
Cujas costas foram vergadas pela sociedade
Que oculta te quebrou a consciência

Esquecei a sorte, abraçai a morte!
Sereno e algo reluzente
Carbonizado sem estar ralado
Ó espírito cessai, ficai calado
A paranoia invade-nos a todos
Trespassar linhas de caos suspenso
Lalalalalalalalalala ahahahaha?
Desalinhos de serões passados a seco
Enfim, sem sossego...
Bem me tento embalar
Cantar num apelo à escuridão
Sufoco na hipótese de ser escutado
Se queria companhia porque fujo?
Há quem não tenha forças
E sozinho morreu meu vizinho



domingo, 16 de setembro de 2012

When I grow up I want to be wanted

Não ri
Não refila
Não contradiz

Não importa
Não chateies
Não te queixes

Um otário
De um cavalo
Bestial
e tal

Coitadinho
do menino
De orgulho ferido
Lombo curvado
abatido a tiro
Permanece de peito erguido

Que ferro remar
Em mangas, suado
Irritado, algo alterado

Tudo isso e quem sabe
talvez mesmo um drogado

Um tipo despreocupado
dizem
Um tipo maneirado
pensam

Meu inimigo, tua boca é um sino
Mesma lenga-lenga à suíço
Ganha juízo...


Saco de ossos
Revirando-me as tripas
E vê se adivinhas
Sempre que caminhas

Veias salientes
Exalas a subnutrição

Aberração visual
Teu sorriso tormento
Teu riso aviso
sinistra (lidade) trovoada (turva)

Que maçada quebrar-te
(em falta de manual de instruções)
Sem por onde segurar-te

Suspiras que mundo sobre ti conspira
Deliras, fantasias, enfim imaginas
Pretensas indignas
Impróprias de tua malícia

Os fados reforçam as barras
Que tua fealdade contêm
Fraco espanto (re)creio
Omitindo tua infância triste não

Nasceste oco
Ecoas timbres fantasmagóricos
Relembras a Morte desnuda(o)

Teu leito um nicho de pragas
Hibernas em vista a Conquista
Transcendes na perda da Dita

São surreais teus tiques
Tempo te apadrinhou
Em má hora nos alertou
A suposta indiferença te abraçou

Tua grossura enverga multidões
Arrogantes cicatrizes ganhas no desmazelo
Insultuosas ante genuínos troféus de guerra
Que batalhas ganhas te gabas vedeta
(perito em sonhar acordado)

Teus esforços lascivos
Lascas de alma fracturada

Bem sei que refilas das Pessoas
Das quais eu apontava ideias
Quantos detalhes perdem batalhas
Se fê reside nas escolhas

 E não te encolhas
Não te atrevas a sumir
Demais o vento levou
Engorda e permanece
Se faz favor e por amor a deuses