domingo, 5 de junho de 2011

Obras sem arte

"Posso ser fingidor?
Retratar a minha vida
Palavra por gesto,
Mágoa por sexo e ambições
Sonhar no lugar de escrever
Moldar o passado com base no futuro
Assumir a função divina e espalhar o terror
De ser omnisciente, impotência ataca virilidades não?

Presumir é pecado a contar de...mas sei contar?
Porque me forçam a ser igual
Porque me querem igual
Entidades idênticas
Utopia

A mão desenha as curvas e rectas
Fomos vós quem as conceberam
Não cederam à diferença
Vital era ser-se
Múltiplo
Único
Alguém?
Sabes onde jaz o cadáver da alma humana?
Aquela magia de criação ilimitada?
As imaginações tornaram-se inférteis.
É pena decerto, sentirei falta do termo:
"Obra sem arte..."

Sem comentários:

Enviar um comentário