quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Porque o Desprezo não tem preço

Questiono seriamente

Num claro pasmo céptico

Os derradeiros motivos que te

Permitem erguer uma e outra vez

Novo dia, nova tentativa


Toda essa vã euforia

Qual a Deusa degolada

A quem vós roubaste fascínio e beleza

Enojado comigo mesmo

Beijo-vos uma e outra vez

Amaldiçoando a Natureza, porque sim

Banhada em sangue divino sedes

A mais vil das criaturas, Medusa


O Problema ora lá está

Reside em mim, nunca em ti

"Não és tu, sou eu!"


Adoráveis instâncias de hipocrisia

Lamentáveis traços de satisfação

Amáveis memórias do Ontem

Ilumináveis dias do Amanhã

Mas vivo somente o Presente

E não há quem me ofereça uma solução


Não quero eufonismos

Não quero simplicidade

Não quero nada...


Estamos em saldos

Quer tudo fora daqui...

Que se leve tudo

Tudo sem excepção!


Porquê tanta admiração?

Aproveitem esta ocasião

Para se rodearem de bens sem utilização

Aqui tendes a minha real e concreta apreciação


O dinheiro, que farei com ele?

Jogarei fora com desprezo

Nas brasas do meu coração constrangido


Eremita no mais distante covil

Meditarei sobre nada

Sou egoísta a esse ponto

Dono nem de mim mesmo

E livre como só a mim me convém


Morte ao prisioneiro!

Morte ao prisioneiro!

Morte ao prisioneiro!

Que a Culpa, essa

É fatalmente do prisioneiro...

2 comentários:

  1. adorei o texto, para mim o melhor aqui exposto. realmente nós somos os culpados das nossas loucuras. "mas é preferivel estarmos arrependidos do que fizemos, em vez do que não fizemos."

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  2. Oi. Concordo com o Dário. É importante arriscar, só assim conseguimos viver a vida em pleno, com tudo o que ela tem para nos oferecer.
    Com o "mau" também se aprende, embora tenha um sabor bem mais amargo.
    Se caírmos? Levantamo-nos e vamos à luta novamente. Não é essa também a beleza da vida? A oportunidade de nos reiventarmos (infinitas vezes, se necessário) é fascinante.
    Beijos.
    P.S Nice blog ;)

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