sábado, 19 de abril de 2014

Vinha a meditar com os meus irmaos do meu ser
Sobre a morte futura, a tristeza de todas as coisas
Assim assim, a disposicao de outro qualquer dia
E do outro rascunho de um passaro enjaulado
A quem lhe era dada paulada por praticamente nada
A nao ser o silencio, esse nao era tolerado

Vi passar uma mula
Pior, cansei de pasmar e paralizei
Uma ofensa a quem se arrastava paralitica
A puta da casmurra em sangue
Num persistente e devote grunhido suprimido
Deixada ao seu destino, as pernas a ceder
As marcas, as provas, as deixas da tragedia por reconhecer

Mudou-me ver tamanha oudacia? Decerto
Ofendi e fui francamente traumatizado
Uma vergonha imoral para ambos
Quis mandar-me para o chao, chorar, gritar
Foder a torto e a direito, reencarnar e morrer tudo junto
Quebrar a ordem caotica do cenario diario
Quebrar simplesmente, cair por terra
Largar o totem, desistir. E fi-lo. Levei um coice..
If you knew I was dying would it change you?
What about now?
I can barely breathe.
Do tamanho duma pulga
De estimacao, sem fuga
Estranha-se a convulsao


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