quarta-feira, 9 de março de 2011

Acamado em ressaca

Ao beber para esquecer
A doença apodera-se de mim
Sou compulsivo na desilusão
A expectativa quebra-me
Espiritualista incompreendido

A dor não desvanece
O meu mal é outro
Enche-me de drogas e afins
Torna-me um zombie sem mente
Torna-me imune à psicose
Que tão cruelmente recai
Sobre minha pesada alma

Porquê sair de casa
Se irei morrer de stress?
Porquê enfrentar o Mundo
Se só me fazem querer desaparecer?
É uma lenta forma de suicídio

Acamado de ressaca
Medito sobre meu destino
Qual futuro me resta agora
Que nem sei onde estou
Porque sou
Para onde vou
O que levará a levantar?
Quem me obrigará a continuar...

Não me dês atenção
Que não a quero
Oculto no escuro
Sofro do coração
Arrasta-me para baixo
Mas move-me, vá lá!
A inércia é tua amiga
Está quieto!
A cura não tarda
Espera sentado
Cansaste menos
Ignora tudo e todos
Crê plenamente em mim
Porque se te iludes a ti mesmo
Mais vale permanecer assim...

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