O Mimo não é um fingidor, apenas tenta apaziguar à dor
Mascará-la de indisposição passageira
Disfarçar toda e qualquer tendência suicida e/ou homicida
Fugir da sua imensidão afugando-a noutra não menos real
Mas fantasiosa, imaginada e moldade por si
O actor apropriadamente distancia-se no terreno
Do seu antigo ser e cria outros tantos
O arrependimento não será eterno se não recordas quem fostes
Seja nesta vida, tenha sido noutra
Haverás ainda de me ver representar
A anterior teoria do fingimento
Com toda uma doentia devoção
Caí em desgraça comigo
Canibal hoje
Vampiro num ocasional amanhã
Ontem? Quem quer saber do ontem...
Mergulhei tão fundo que já sou estes meus reflexos
Espelho rachado, despedaçado em inúmeros bocados
Sou todos eles e no fim...não sou ninguém
muito bom texto... no final de contas todos nós somos mimos e depois de nos descrever-mos não nos identificamos com eles
ResponderEliminarmuito bem conseguido